Editorial

Venho informar-vos que em breve irei desactivar o presente blog. Aquilo que nasceu de uma brincadeira, para comemorar o Campeonato Nacional dos juniores, tornou-se, num veículo de informação do nosso Clube.

Todavia, o CDPA merece um projecto melhor, mais completo, e actualizado com maior frequência.

Uma última palavra para os vários redactores, que aqui actualizavam a Vossa informação: obrigado.

A partir de hoje, visite: www.cdpacoarcos.com

Miguel Alpendre

15 de julho de 2007

O Despotismo da Federação Portuguesa de Patinagem

Inacreditável é o ponto a que chegou o Hóquei Português - Ao contrário do que todos pensam não falo dos recentes resultados da Selecção Nacional, falo do ataque administrativo e burocrático da FPP aos escalões mais jovens, proibindo a organização de campeonatos nos escalões de bambis, benjamins e escolares substituindo-os por torneios convívios.
Porque será que não é deixado à consideração das associações, em função do seu enquadramento, a procura do melhor contexto possível? Porque será que os dirigentes da Federação sentem que são os donos da verdade ?
Será que os "donos" da federação acompanham os jogos e os torneios das classes mais jovens? Os torneios são mais violentos fisicamente e psicologicamente para todos - pais, miúdos, etc. De certeza que não sabem o que são atrasos e jogos realizarem-se a horas inaceitáveis para crianças, ou o que é uma espera de várias horas entre jogos para miúdos com menos de 10 anos.
Em minha opinião é um erro enorme, com repercursões enormes no futuro da modalidade, e não entendo quais os fundamentos que estão na base desta decisão, ou será que é para ter menos trabalho ? ou será que é para não se preocuparem com a falta de árbitros ?
Deixamos o artº 60 da do Regulamento da FPP para todos estarmos conscientes do que se fala.
REGULAMENTO OFICIAL DE PROVAS E COMPETIÇÕES DA FPP

ARTIGO 60º
(Categorias de bambis, benjamins, escolares e de iniciados femininos)

1. Nas categorias de bambis, benjamins, escolares, em masculinos, e de iniciados femininos não se realizam “campeonatos” ou “taças nacionais”.
2. As Associações isoladamente, ou em conjunto com outras, promoverão ao longo da época, concentrações/convívios dos atletas destas categorias, sem que seja elaborado qualquer boletim oficial de jogo, sendo os jogos efectuados sem pontuação e sem que seja elaborada qualquer tipo de classificação.
2.1 Nestas concentrações/convívios os jogos devem ser “arbitrados” por atletas de categorias superiores (juvenis, juniores ou seniores) e, em princípio, os quais devem estar filiados no mesmo clube da equipa visitante ou como tal considerada.
2.2 Cada uma das equipas que participe nestas concentrações/convívios está obrigada a apresentar, no mínimo, um atleta (juvenil, júnior ou sénior) para execer as funções de “árbitro”.
3. As concentrações/convívios a relaizar nas categorias referidas no ponto 1. deste artigo têm de obedecer, sempre, ao seguinte Regulamento Técnico-Pedagógico:
3.1 Os jogos são disputados em duas partes de dezasseis minutos (tempo útil) cada uma, as quais são subdivididas em duas meias partes, cada uma com a duração de oito minutos (tempo útil).
3.1.1 Entre cada meia parte há um intervalo de um minuto de descanso, não se procedendo a mudança de campo.
3.1.2 No final da primeira parte há um intervalo de cinco minutos de descanso, com as equipas a mudar de campo em toda a segunda parte do jogo.
3.2 No início de jogo, é determinada por sorteio qual a equipa a quem pertence o golpe de saída, sendo os restantes golpes de saída – no reinício jogo, após cada intervalo que for efectuado – efectuado, alternadamente, por cada uma das equipas participantes no jogo.
3.3. Nestas categorias não são permitidos quaisquer pedidos de interruoção do tempo de jogo (“time out”).
3.4 É obrigatório que durante a primeira parte do jogo - e durante, pelo menos, uma das suas meias-partes (oito mintos de jogo, tempo útil) – haja a participação de todos os atletas que constituem a equipa, sendo sempre cumpridas as seguintes “regras”:
3.4.1 Nenhum atleta pode participar nas quatro meias partes do jogo.
3.4.2 Todas as equipas devem apresentar dez atletas, sendo que dois deles são, obrigatoriamente, guarda redes.
3.4.3 Nenhuma equipa pode participar num jogo com menos de oito atletas, sendo que dois deles são, obrigatoriamente, guarda redes.
3.4.4 Na eventualidade de uma equipa não apresentar dez atletas, nenhum deles pode participar em três partes consecutivas de qualquer jogo.
4. Embora não se exija qualquer condicionalismo de ordem táctica no Regulamento Técnico- Pedagógico definido no ponto anterior, é importante que as equipas privilegiem um sistema de jogo que permita uma movimentação por toda a pista de jogo.
4.1 Nestas categorias é permitido a utilização de toda a pista, sem qualquer linha delimitadora de anti-jogo.
5. Sugere-se que nestas concentrações/convívios não se proceda à entrega de quaisquer troféus, podendo ser apenas entregues uma pequena medalha comemorativa do evento, igual para todos os participantes, sem diferenciar “vencedores” e “vencidos”.
6. Deve ser dado conhecimento prévio à FPP, para divulgação em comunicado oficial, sobre todas as concentrações/convívios que uma ou mais Associações de Patinagem levem a efeito nas categorias em questão.