À conversa com ... Gonçalo Delgado
Pela mão do inevitável Jaime Santos começou a patinar no PA, e não mais parou até aos dias de hoje. O seu primeiro título sorriu-lhe na Época 1996/1997 tendo conquistado o Campeonato Distrital de Infantis "C".
Leva já 13 anos de CDPA ao peito, tendo sempre demonstrado uma forte personalidade, humildade que o caracteriza, e uma enorme força de vencer e de ultrapassar os obstáculos que se lhe foram deparando.
Transpira alegria na hora das vitórias e sofre de tristeza quando a derrota lhe bate à porta, mas retira sempre nestes momentos menos bons algo de positivo para poder continuar a crescer na modalidade e na vida.
Colocámos algumas questões ao Gonçalo para que o possamos conhecer um pouco melhor que aqui ficam.
Foi amor à primeira vista! Há uns bons anos atrás a minha mãe foi ao CDPA com o intuito de se inscrever no ginásio e por acaso nesse dia fui com ela. Quando entrámos no pavilhão a primeira coisa que vi foi um treino de hóquei do meu primeiro treinador, Jaime Santos. Nesse momento não tive dúvidas e disse logo “eu quero jogar hóquei”, sem nunca ter tido nenhum contacto com este desporto até aquele instante. E assim foi! Uma semana depois já estava a começar a aprender a andar de patins.
E porquê o CDPA?
Creio que já está respondido, mas posso acrescentar que foi uma das coincidências mais felizes da minha vida!
Uma das tuas características é a humildade, achas que neste desporto é fundamental ter essa característica?
Claro que sim. É um dos elementos chave para se atingir o sucesso. Sou da opinião que por melhor que um atleta seja, sem humildade não irá muito longe. No entanto não é só no hóquei que a humildade deve estar presente, mas sim em todos os aspectos da nossa vida.
O que é para ti, ser do Paço de Arcos?
Esta é uma pergunta cuja resposta é difícil de traduzir em palavras, mas tenho a certeza de que qualquer atleta do nosso clube sabe o que isso representa e sente isso em si. Mas, em linhas gerais, é saber honrar a camisola que se veste, um motivo de orgulho e satisfação, mas ao mesmo tempo de muita responsabilidade.
Qual foi para ti até hoje o momento mais marcante com as cores do CDPA?
Uma pergunta difícil, pois os momentos marcantes foram vários e quando digo marcantes não são só marcantes pela positiva, há uns que nos marcam pela negativa. Mas estes últimos têm de ser aproveitados para crescermos como atletas e como pessoas. Mas aquele que está mais presente e que nunca irei esquecer é, com certeza, o título de campeão nacional de juniores logo na minha primeira época como júnior.
Gostaria de te lançar um desafio, numa palavra apenas responde o que representam para ti as seguintes palavras.
- Jaime Santos
- Capitão
R:Responsabilidade
- Castro Verde
R:Perfeito
- Família
R:Respeito
- Clube Desportivo de Paço Arcos
R:Orgulho
- Golo
R:Alegria
- Vitória
R:Trabalho
- Campeão Nacional
R:Objectivo
- Derrota
R:Aprendizagem
- “Amizade Primeiro, Competição Depois”
R:Sempre
Este ano tens a responsabilidade de Capitanear a nossa equipa de Juniores. Que significado tem para ti essa responsabilidade?
Acho que ser capitão da equipa de juniores é um privilégio. Como tal, tento não desapontar nem a equipa, nem o treinador que confiaram em mim para o ser. Por isso, acho que devo ser sempre o primeiro a dar o exemplo dentro e fora de campo.
Que objectivos gostarias de alcançar este ano?
Sendo o meu último ano antes de ser sénior, gostava de me despedir em grande dos juniores. Por outras palavras: quero ganhar o campeonato nacional de juniores. E não sou só eu, pois toda a equipa está motivada e concentrada nesse objectivo. Este é o principal objectivo que gostaria de ver alcançado este ano.
O facto de a equipa de Juniores contar com jogadores de referência Nacional e mesmo Internacional como o Diogo Oliveira, o Gonçalo Pestana e o João Rodrigues aumentam a responsabilidade da equipa?
Nenhuma equipa do CDPA é imune à responsabilidade, pois como já disse atrás, vestir a camisola do CDPA é por si um motivo de muita responsabilidade. O facto de a equipa poder contar com o Diogo Oliveira, o Gonçalo Pestana e o João Rodrigues vem só aumentar, ainda mais, a nossa confiança e motivação para atingirmos o nosso objectivo.
Achas que, como muitos dizem, se não forem Campeões Nacionais será uma vergonha?
Não. Motivo de vergonha será não fazer tudo o que está ao nosso alcance para conseguirmos atingir o nosso objectivo, treinando arduamente e encarando cada jogo como uma final.
O facto de o Treinador do Juniores ser o de Seniores traz benefícios?
Na presente época acho que traz claros benefícios ainda por cima com três atletas a jogarem quer pelos seniores quer pelos juniores. Tal facto permite ao treinador fazer uma melhor gestão do plantel o que acaba sempre por ser benéfico para a equipa de juniores.
Que significado teria para ti a integração na equipa Sénior do CDPA?
Desde muito novo que isso foi uma ambição, um sonho. Quando era mais novo e via jogadores como o Rodrigo Sousa ou o Filipe Gaidão a jogar nos seniores do CDPA, sabia que era ali que queria estar um dia. Por isso a integração na equipa sénior seria a realização de um sonho, a concretização de um objectivo.
Uma mensagem para os mais jovens que, temos a certeza, olham para ti como uma referência pela Educação, Elevação e Humildade com que diariamente te colocas ao dispôr do nosso Clube?
Vou aproveitar para deixar aqui a ideia de que devem sempre acreditar em vocês próprios; têm de ser os primeiros a fazê-lo, pois se não o fizerem, ninguém o fará por vocês! E empenhem-se sempre nos treinos que as coisas vão acabar por aparecer!
Aqui estão as respostas sinceras e sentidas deste nosso atleta que muito nos orgulha que represente o nosso CDPA.
Força Gonçalo e que os objectivos pretendidos te sorriam, tanto no hóquei como na vida.